No mês das mulheres, queremos comentar sobre empresas que têm lutado pela igualdade de gênero em suas fileiras. Segundo uma pesquisa , houve um crescimento de 41% em empresas que trabalham para a igualdade de gênero em suas equipes. Separamos empresas brasileiras e estrangeiras que estão fazendo um bom trabalho nesse sentido.
YPF Brasil
Mulheres são cerca de 30% na YPF Brasil
Dados estão acima da média no setor automotivo; companhia conta com cinco áreas lideradas por mulheres
A YPF Brasil, empresa de energia e lubrificantes automotivos, apresenta uma média acima do mercado quando o tema é presença de mulheres no quadro de funcionários. O percentual feminino na planta brasileira chega a cerca de 30% – algo reforçado pelas políticas que priorizem a diversidade em ambientes corporativos. São iniciativas que proporcionam mais segurança às profissionais em termos de desenvolvimento e jornada da carreira.
Ver mulheres na liderança ou em áreas diversas impulsiona para que outras profissionais estejam abertas quanto às escolhas para a carreira. “Além do Marketing, áreas como Comercial, Recursos Humanos, PCP e Supply Chain são lideradas por mulheres. O gênero também tem presença em setores como Produção e Planejamento, algo que nos orgulhamos de lembrar no Dia Internacional da Mulher”, afirma Giovanna Grassi, gerente de Marketing e Comunicações da companhia.
Dos cerca de 150 colaboradores da YPF Brasil, quase 30% são mulheres. A marca fica acima da média para o setor automotivo – dados de mercado apontam que a média do gênero esteve em 17% ao longo de 2020. “Estar acima dos números do nosso setor significa contribuir para o empoderamento feminino, uma vez que as mulheres passam a seguir a carreira que quiserem, independentemente do ramo ou setor”, ressalta Grassi.
Prática empresarial
As empresas são cada vez mais responsáveis por processos de inclusão. Proporcionar um ambiente favorável às mulheres faz parte das políticas YPF Brasil – as lideranças precisam ser as primeiras na mudança. “Capacitar quem está à frente dos times incentiva as equipes a cada vez mais promover o ambiente aberto ao diálogo, respeito e conexões entre as pessoas”, afirma Graciele Nascimento, líder de Recursos Humanos (RH) na companhia.
Em 2021, quatro mulheres passaram a fazer parte da produção da marca – algo que ainda encontra resistência no ramo automotivo. Para Graciele Nascimento, apoiar a presença de mulheres nas empresas tem papel fundamental ao setor automotivo e de energia. “É interessante que outras companhias possam repensar as políticas internas e promover um ambiente com mais diversidade no geral”, ressalta.
Outros setores, como Suprimentos e Transportes e Armazém também contam com a presença de mulheres na YPF Brasil. Ao mesmo tempo que promove o acesso delas a diversas áreas, a marca se torna referência no mercado quando o tema é presença feminina. “Ao avaliar a gestão de pessoas, percebemos equipes mais felizes por fazerem o que gostam, ao ser espelho para outras mulheres”, conclui a líder do RH.
Tel Contact Center
76% do total de colaboradores da Tel Contact Center são mulheres
Com mais de 15 mil funcionários no país, programas de desenvolvimento profissional são responsáveis por alavancar a carreira feminina na empresa
No mês da mulher, período em que a luta, a busca da igualdade, do reconhecimento social e no mercado de trabalho são lembrados, há motivos para comemorar. Principalmente pelas conquistas profissionais da mulher, que retratam esta trajetória.
Como exemplo de diversidade e oportunidade, a Tel, uma das principais empresas de call center do país, traz um retrato dessas conquistas profissionais. Cerca de 76% dos mais de 15 mil colaboradores da empresa são mulheres que, diariamente, vencem as dificuldades e conseguem usar o conhecimento em prol de um objetivo: construir uma empresa múltipla e cheia de conquistas.
Um exemplo disso é a analista de treinamento, Pollyana Moreira, uma das colaboradoras da Tel, que destaca que as mulheres podem trabalhar na área que quiserem, tendo a força e a dedicação como habilidades capazes de delimitar isso. Mulher, negra e irmã mais velha, ela trabalha na unidade da Tel de Salvador desde maio de 2009 e teve de aprender desde cedo a organizar e planejar uma vida de sucesso, enquanto ajudava em casa.
“Esses acontecimentos serviram de pilar para crescimento, autoconhecimento e mudanças no meu comportamento. Para conquistar tudo o que tenho hoje, tive o suporte da minha mãe, que é uma mulher de mente aberta, à frente do tempo dela”, comenta. Pollyana iniciou sua carreira na empresa como operadora de telemarketing, mas sempre soube onde gostaria de chegar. “Na avaliação técnica entendi mais sobre o processo de crescimento interno, me identifiquei com a possibilidade de poder ensinar e descobri que queria trabalhar com treinamento”, explica a analista.
A superintendente de RH da Tel, Merissa Leite, afirma que o crescimento profissional dos colaboradores dentro da empresa é muito valioso. “Temos dois projetos de desenvolvimento profissional, o “Decola” e “Oficina de Talentos”, que são responsáveis por promover 80% dos nossos atuais supervisores e, também, oferecer cursos de desenvolvimento pessoal e profissional como, Mindfullness, Excel, entre outros”, explica.
Segundo ela, desenvolver profissionais, como é o caso de Pollyana, é o que motiva as equipes. “A curva de aprendizagem destas mulheres é infinitamente menor, pois elas já conhecem a cultura da organização e grande parte dos processos, isso é muito importante para nós”, comenta Merissa.
Para atingir seus objetivos, Pollyana afirma que foi fundamental receber feedback do RH em todos os processos que realizou na empresa. “É um ponto muito importante para mim. Por meio disso, tive a oportunidade de trabalhar os pontos de melhoria e aproveitar as oportunidades. Desde que iniciei na Tel, optei por uma especialização em “Metodologia do Ensino” e outros cursos para desenvolver e aprimorar minhas habilidades. Ao entrar para trabalhar, mantinha o foco. A descontração com os colegas de trabalho e gestor tornava a jornada mais leve”, conta.
Projeto “Silêncio Nunca Mais”
Além do desenvolvimento profissional, a Tel também criou o projeto “Silêncio Nunca Mais”. Trata-se de um projeto de acolhimento e encaminhamento de mulheres em situação de violência doméstica. “Temos um código secreto, em que apenas nossas colaboradoras sabem. Em caso de perigo, a colaboradora informa à liderança e a supervisão vai ao RH, que inicia as providências”, explica Merissa.
A empresa assegura a proteção das mulheres em suas dependências e é responsável pelo contato com ONGs, para fazer o acolhimento de mulheres que passam por essas situações, levando-as aos locais quando necessário, ou até mesmo à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher para casos extremos. Todo o acompanhamento é feito por psicólogos, que auxiliam neste projeto.
Outro destaque que auxilia as colaboradoras é o “Fale com a Bia”, um canal exclusivo para encaminhamento de perguntas sobre saúde mental. “A qualidade no ambiente de trabalho, especialmente de call center, é extremamente importante”, conclui Merissa.
Outras empresas
IBM
Você pode dizer que a IBM adotou o ditado “liderar pelo exemplo”, especialmente no que diz respeito aos benefícios que as mulheres mais precisam. Eles estiveram na lista das 100 melhores empresas da Working Mother 33 vezes e, como uma das maiores empresas incluídas (366.000 funcionários e contando), há muitas oportunidades de se juntar à equipe IBM.
As vantagens: de acordo com a Working Mother , a IBM reembolsa funcionários em tempo integral por despesas com fertilização in vitro, congelamento de óvulos e barriga de aluguel. Eles também têm políticas em vigor para licenças e licenças sabáticas e oferecem grupos de apoio para pais e encarregados de educação que trabalham. 92% das mulheres que trabalham para a IBM estão em um programa formal de mentoria.
Salesforce
A Salesforce é uma daquelas empresas que aparece na maioria das listas das “melhores” em muitas listas nos Estados Unidos. Com políticas flexíveis de folga, uma política proativa de desenvolvimento profissional, círculos Lean In em seus escritórios e uma programação de retorno gradual ao trabalho para os novos pais, é fácil entender por quê. Depois, há 26 semanas de licença parental concedida aos cuidadores principais (e outras 12 semanas se você for o cuidador secundário).
As vantagens: uma rede feminina da Salesforce com mais de 6.000 funcionários, até 5 dias de folga remunerada para voluntariado por ano, políticas generosas de licença parental, adoção, barriga de aluguel e benefícios de fertilidade e creche de emergência patrocinada pela empresa, entre outros. Você pode ver todos os benefícios aqui .
Outreach
Outreach , uma empresa de software sediada em Seattle, foi incluída na Inc.’s Best Workplaces de 2018 e também em sua lista de empresas com as vantagens de empresa mais legais (e mais incomuns) por um bom motivo – especificamente, a vantagem “mais legal”, que é:
“Os novos pais podem trabalhar metade de suas horas em casa nas oito semanas após seu retorno ao trabalho, e durante esse tempo, a Outreach também paga uma enfermeira noturna durante a semana e entrega o jantar duas vezes por semana.”
Em 2017, o Outreach também formou seu primeiro grupo de recursos para funcionários, denominado Outreach Women’s Network (OWN). Mas há muito mais para eles do que isso, o que nos leva a todas as outras vantagens.
As vantagens: afirma o CEO da Outreach , Manny Medina:
“Não só oferecemos treinamento quinzenal, aulas de desenvolvimento e bem-estar com nosso instrutor interno de desenvolvimento de liderança e palestrantes convidados, mas também temos um forte compromisso com a diversidade e a inclusão. Oferecemos uma série de treinamentos de diversidade e preconceito inconsciente e uma aula de liderança mensal que está disponível para todos os funcionários. ”
A empresa também oferece dias pagos de voluntariado – vamos chamar isso de cereja no topo.
Esperamos que um dia, todas as empresas tenham esse tipo de visão.